Caçadores de conversa (Epílogo)

Há quem pense que os bancos são uma das instituições mais seguras pois tem seguranças, cofres, poupanças e coisa mil para tentar iludir o cliente quando na verdade eles escondem um dos mais temíveis seres a fim de um papinho:

2 - O senhor da fila de banco!!!

Este ser por vezes cria contas das mais diversas contendo somente alguns míseros centavos apenas para visitar os bancos preferidos; conhece todos os seguranças pelo nome, é amigão do gerete, fala sempre umas gracinhas para as caixas, e sempre comenta de futebol com os caixas, realmente ele se sente o "senhor dos bancos" e como não se dá por satisfeito ainda cisma em pentelhar a idéia dos pobres clientes que na fila estão e nada têm a ver com a sua vida... aqui vai um fato venéreo do qual fui a vítima.

(o senhor inquieto na fila começa a olhar de soslaio para minha mão)

Senhor: - Boa tarde o senhor vai pagar uma conta?

Eu: - Vou sim...

S: - Então por que você não usa o caixa eletrônico? É muito mais fácil e não enche a fila!

E: - Mas eu prefiro pagar no caixa...

S: - Mas tenho certeza de que você economizaria tempo utilizando o caixa eletrônico, você sabe usar? quer umas dicas?

E: - Não, mas muito obrigado mesmo assim

S: - Tem certeza? Acho que você está com vergonha de admitir que não sabe usá - lo...

E: - Sei usar muito bem, tanto que se um dia ela aceitar moedas para pagamento, também acho que economizarei meu tempo e minha paciência....

Depos disso ele comçou a puxar papo com um caixa e lá ficou até eu ir embora....

3 - A velhinha do ônibus interestadual

Eu só me dou mal por causa dos caçadores...

Eis mais uma história de sucesso de uma caçada em plena estrada a caminho de caçapava/SP

Num dia bonito de março do ano passado, quando tirei minhas tão merecidas férias, fui para a rodoviária Novo Rio, comprei minha passagem e me acomodei na minha poltrona, não estava muito contente pois não era na janela... então para minha sorte(?), uma senhora senta ao meu lado... não sei como mas quando dei por mim lá estávamos no meio de altos papos, sobre a vida dela e a minha, já que ela morava em caçapava, mas também era do Rio como eu, e como lá era agradável, loge da correria do rio e talz. Conversa vai conversa vem peguntei onde ela iria soltr do ônibus, e me disse que ia soltar numa igreja, achando coicidência demais peguntei se era uma igrjinha que ficava ao lado da dutra, a matriz, e ela me respondeu que sim...
Passaram - se umas 4 horas de viagem e quando percebo que estávamos nas proximidades de minha querida caçapava ia me dirigindo ao motorista para solicitar que parasse na estrada ara que sotássemos, mas a senhora se prontificou em ir na minha frente e dizer que iria resolver a questão, fiquei lisongeado e comovido com a bondade humana e continuei ouvindo música, depois de uns 20 minutos vejo pela janela a igrejinha da qual havia falado com a anciã e olho consternado para a mesma e digo: - Acabamos de passar pla igreja! Você não falou com o motorista? E ela: - falei sim, ele já vai parar...

500 metros depois lá estou eu com uma bagagem pesada e meu violão nas costas caminhando até a igrejinha onde havia combinado de me encontrar com meus irmãos, os mesmo que haviam apostado que eu não iria parar lá e fui sacaneado o reso da semana além de chegar todo suado e esbaforido na casa de minha avó...

Antes que a sociedade brasileira defensora das velhinhas e conversadores me batam, não que eu não goste de uma conversa, mas na maioria das vezes, conversar com estranhos não é uma coisa muito comum e agradável, principalmente quando estamos tímidos ou de mau humor :)

Ah! e a velhinha foi tratada como heroína, Tiradentes pra ser exato... esquartejei - a e espalhei pela cidade como aviso aos demais!!! ( hauHAUHuahUAHuhau lógico que é brincadeira, só dei um sumiço nela que é mais rápido e limpo!)