24 janeiro 2007

Quando alguém nos deixa...

Por que é tão difícil deixar alguém? Ou partir? Dizer adeus remete a nunca mais, nunca mais ver, nunca mais sentir, nem ver, nem nada.
Há quem parta para longe, onde é muito distante para que se possa manter uma convivência, um cotidiano, e acaba por se tornar apenas lembrança. Há quem parta para o descanso eterno, e essa é uma partida das mais dolorosas pois por mais que se queira não dá pra pegar um avião, nem adiantar viajar meio mundo, nesses casos só conseguimos visitar com a memória.
Por que é tão difícil falar sobre morte? Ela é tão certa quanto o dia que surge todas as manhãs, desde que se nasce sabemos que iremos morrer, às vezes até antes...
Existem dois tipos de mortes que me são as mais palpáveis:

  • A morte repentina: A mais devastadora de todas, derepente você diz bom dia para um conhecido e no minuto seguinte te ligam dizendo que ele faleceu, te pega de tal forma que parece que um enorme choque te paralisa o corpo, a respiração falha, as idéias se vão e deora um tempo até elas voltarem, você se torna nada e o vazio te abraça restando apenas um pedaço disforme do que você já foi.
  • A morte gradativa: Você morre aos poucos com a pessoa, a cada dia você se pergunta se será o último e como você pode ajudar para que o dia da pessoa em questão seja bem vivido, quando a morte gradativa se dá por velhice é um milésimo mais "fácil" pois a pesoa está caminhando para o fim normal que todo ciclo chega um dia, mas quando é por doença degenerativa aí a coisa se complica, pois a doença consome não só o doente mas quem o ama também.

Por essas e outras que deve ser tão difícil falar, que dirá encarar de frente essas situações. Dizem que as pessoas só sabem dizer (ou escrever) sobre o que viveram, é um desses já vivi e outro estou vivvendo, mas existe cura para toda a dor: O tempo. Nenhuma dor é tão grande perto da infinitude do tempo. Mas não deixa de doer. :_(

5 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Confesso que já cansei de tentar entender a minha morte em viver, ou será o contrário?
abraço

Diogo Santos Personal disse...

Como diz uma amiga "viver é um aprendizado para a morte" ... e olha que é impossível aprender tudo né?!
Morremos até hoje sem saber bem o porquê!

Adorei seu blog... parabéns!
Sucesso sempre

Richard Aléxis disse...

A morte é uma coisa complicada mesmo...
Só morrendo pra entender..

Arielle disse...

As duas "dores de partida" sempre incomodam bastante pacas como o inferno... O que quer que esteja acontecendo contigo (ou com alguém que você ama), pode contar comigo viu?

Só é bom não deixar doer por tempo demais...

(ah, como pode ser difícil me identificar pela conta do blogger, aqui é a aline)

Gabriela Martinez disse...

Nossa. Já passei pela dor da morte repentina com meu avô E estou passando pela gradativa com minha avó, que tem alzheimer. É muito difícil mesmo lidar com isso.
Enquanto lia su texto estava ouvindo uma música dos Sick Puppies chamada All The Same. :( Esse texto me tocou. bjos